terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma paisagem na janela


Há 36 anos eu vejo esta paisagem. Este "há" poderia ser de tédio, mas não é. É sempre um prazer inenarrável arrumar as malas e atravessar o estado em direção a praia.
Itapema me viu adolescer. Cheguei aqui com 15 anos e nunca mais deixei de vir. Quem era pequeno, cresceu. Quem já era grande, amadureceu. Os jovens que tinham filhos pequenos agora têm filhos jovens, os cômoros de areias brancas agora são pequenos montinhos e a cidade cresce a olhos vistos. Mesmo assim, com mais turistas (percebam a petulância de já me sentir nativa)esta cidade/praia não perde seu encanto.
Da sacada, todos os dias vejo o sol nascer, o barco de pesca sair da água, os guarda sóis chegarem e partirem ao anoitecer. Em dias de lua cheia vejo ela nascer no horizonte. E, assim, ano após ano um espetáculo se faz frente aos meus olhos.
Hoje resolvi mostrar um pouco deste paraiso que posso usufruir. Fiz uma panorâmica muito grosseira para mostrar a baia que contemplo. A esquerda o morro do Cabeço, ao centro o horizonte e a direita a Meia Praia e Porto Belo.
São 17h de uma terça-feira de dezembro e eu estou aqui tranquilizando meus olhos e minha alma para entrar 2010 revigorada.
Aproveitem comigo...





Um detalhe do morro do Cabeço


E, já há alguns anos, o Brasil e o mundo para por aqui e conhece nossas maravilhas.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vestido com as armas de São Jorge

Com esta frase escrita no anel que carrego no dedo “pai de todos” cheguei na praia junto a Iemanjá. Este anel vem da troca das minhas alianças e foi escolhido justamente porque São Jorge é protetor e guerreiro. Nada melhor para mim neste momento de vida.
Ocorre que há 9 anos atrás eu havia comprado uma gargantilha que trazia pendurada todas as armas dos Orixás e a usava todos os dias. Passado um tempo já não a usava mais todos os dias e em 2005 a levei para uma festa, na bagagem, e nunca mais a encontrei. Procurei muito e por todos os lados. Junto com ela procurava um colar que minha amiga Sara havia recuperado após romper e cair algumas pedras. Nada, nem um e nem outro. Num belo dia dei por perdido ou roubado e disse em voz alta: Quem o tenha que seja muito feliz! E, então, esqueci.
Ao chegar na praia este ano, assim como em todos os outros, a gente se depara com muitas arrumações para fazer e então, um vazamento na pia do meu banheiro trouxe um encanador para o conserto. Tive que retirar todas as toalhas e utensílios de dentro, e lá no fundo, bem no fundo, havia uma necessarie antiga. Uma daquelas que você procura, sabe que tem mas não acha, sabe como é? Olhei feliz por encontrá-la e a abri. Primeiro gritei pelo colar que a Sara arrumou; depois pelo colar de prata com o símbolo junguiano (também não o encontrava) e depois peguei um cordãozinho de couro preto que nem percebi o que era...e ali estava minha proteção de tantos anos! Gritei desesperadamente...
Neste momento percebi que meus Orixás haviam me desprotegido para me proteger melhor!
Assim, Vestida com as armas de São Jorge; com as armas de todos os Orixás e mais a mandala de Jung sei que estou preparada para findar 2009 com meu melhor e entrar em 2010 com a alma plena, a mente altiva, os sonhos esperançosos, e com a certeza de que sempre estive protegida, mesmo achando que estava esquecida.
A todos vocês um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo!
Nos vemos em 2010!
Beijos a todos.






domingo, 13 de dezembro de 2009

Chocolarte Café quase terminado

Então, sabe aquele quadro que mostrei ainda em formação? Aquele que não deveria mostrar, pois o que está em andamento é feio?
Bem, para mim, está terminado! Quarta-feira levarei para a aula e assim colocarei para aprovação, terminação, ou não, do Rodrigo, meu professor.
Eu e minha irmã nos encontraremos na praia para as festas de final de ano e assim ela poderá levar. Tenho medo: medo dela não gostar; medo dela gostar muito e pedir para repetir para os outros cafés; medo dela encomendar outros mais, que somados as mantas que já encomendou bem,... seria uma overdose de trabalho encomendado! Tenho pânico de encomenda e prazos...
Sou ruim de encomenda e de repetição! Reconheço.
Nesta fase que estou, dizem, aflora a criação. E foi num dos piores dias que fiz o projeto deste quadro. Agora, em fase de assentamento do espírito, já começo a pensar em outras coisas. Preciso de pano, de união de panos. Meu atelier está como se eu tivesse atirado uma bomba dentro dele! Nesta cidade só chove e parece que chega o inverno! Quando, dizem, é verão!...Tudo conturbado! Claro, por óbvio, essa sempre foi a única peça da casa onde quem determinava a lei era eu. Assim, tudo o que ficaria para depois era colocado ali. Na espera... Amanhã termino meu trabalho de patchwork. O atelier está tão desorganizado que não tenho onde pensar, onde colocar algo, onde recortar, onde medir, mas vou terminar assim mesmo, pois em janeiro colocarei tudo no lugar. Minha exasperação se concentra ali, onde a paciência era cultivada... e foi justamente ela que terminou.
Aqui, Chocolarte Café para vocês, assim em primeira mão:




E, para perceberem a minha tortura do atelier, aqui vai:






Deve ser por isso que eu só pinto...

Boa Noite!....


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Comer, Rezar e Amar

Não, não estou copiando um título, mas sim querendo falar sobre um livro.
Antes falei de um filme, agora sobre um livro.
Eu o li, mas no verão desse ano de 2009. Na verdade, o devorei. Me vi em muitas páginas ali escritas, mas não havia tomado nenhuma atitude na minha vida.
As coisas aconteceram e assim, hoje, falando com minha prima que o quer emprestado - adoro emprestar livros e cultura e conhecimento - percebi que parte destas páginas eu acabei de passar, de viver.
Elizabeth Gilbert é a escritora, e também a pessoa que vive a história. Sim, uma história com H, por que é real. Na verdade ao começar a ler esse livro você se depara com uma amiga que está sentada na sua sala contando 1 ano de sua vida que começou com uma separação.
Como assim? Uma separação? Bem, no mundo de hoje separações são fatos tão rotineiros que dizer que estamos fazendo alguma boda, é que é irreal!
Transcrevendo a descrição sobre o livro, feita pela PubliFolha, mostro a vocês a leitura que me encantou nesse verão e que agora, percebo, pelo mantra que entoei ao longo deste ano - aquele que ela conseguia para sua meditação -, e que me encantou e levou a decisão derradeira: a separação.
Não! Não foi o livro que me levou a isso, mas foi o livro que também me ajudou a perceber quem eu era e em quem me tornei. Hoje procuro me reencontrar novamente e, junto com isso, baixar 10 kilos que adquiri ao longo desses 9 anos...longos anos...
Sim, fui feliz. Sim, amei. Sim, sei onde errei. Sim, sei onde erraram. Sim, sei o que não quero mais. Sim, sei o que quero daqui para frente. Um início. Uma vida resgatada. Essa sou eu, hoje.
Nesta noite havia programado terminar meu trabalho de patchwork, esse que tenho que levar para a praia. Não vou fazer. Estou aqui escrevendo para saberem que liberdade é tudo e, fazer por prazer, é melhor ainda. Amanhã termino. Sei que posso. Sei que faço.
Agora, a resenha:
Elizabeth Gilbert estava com quase trinta anos ( e eu com 46 anos) e tinha tudo o que qualquer mulher poderia querer, mas em vez de sentir-se feliz e realizada, sentia-se confusa, triste e em pânico. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado ( ainda não passei por isso e nem quero!). Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais (não fiz isso, mas tive que fazer com alguns para trocar por minhas filhas peludas, minhas cachorrinhas), demitiu-se do emprego (jamais faria isso, e não o fiz), e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo - sozinha (pretendo fazer isso na época do meu aniversário, pois minha mãe quase morreu e pensou que jamais voltaria a ver Paris. Voltaremos para ver parte da França e Paris, novamente. E, o melhor, sem culpas!). "Comer, Rezar, Amar - A Busca de Uma Mulher Por Todas as Coisas da Vida na Itália, na Índia e na Indonésia", da editora Objetiva, é a envolvente crônica desse ano (2009). Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida (tenho que perder os 10 kilos mais infelizes da minha vida). Na Índia, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano, dedicou-se à exploração espiritual, comungou com o divino e viajou durante quatro meses (não vou a ìndia, mas começarei com a minha Yoga que quero há muito tempo). Já em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano (já experimento) e a transcendência divina (isso virá com o tempo). Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou da melhor maneira possível: inesperadamente. Escrito com ironia, humor e inteligência, o best seller de Elizabeth Gilbert é um relato sobre a importância de assumir a responsabilidade pelo próprio contentamento e parar de viver conforme os ideais da sociedade. É um livro para qualquer um que já tenha se sentido perdido, ou pensado que deveria existir um caminho diferente, e melhor.




Se dê o tempo de comprar este livro. Se dê o tempo de ler este livro. Se dê a forma que gostaria de ler um livro. Não! Ele não vai fazer você se separar, mas fará você ver uma forma de se sentir uma mulher mais feliz. Pelo menos questionar suas felicidades...e infelicidades.
Aproveite!


sábado, 5 de dezembro de 2009

Coco antes de Chanel

Para quem gosta de costura assistir a este filme é um aprendizado, em doce deleite.
Em meio a uma vida dura e difícil, na verdade poderia ser dito, nada glamourosa, o olhar desta mulher mostra que a genialidade já nasce com a pessoa.
Isso não quer dizer que não se possa treinar o olho e a percepção. É possivel, sim.

Coco-ricó, de onde vem seu apelido, que se transformou em marca e estilo, tinha isso desde sempre. Seu olhar percebia coisas fora de sua época: comodidade, simplicidade, estravagância de combinação e cor no preto. Na sua ótica, ser era mais importante que parecer. E, isso é algo que devemos aprender com ela. No patchwork também.
Essa semana fui ao Bazar do Germânia. Esse é um bazar que acontece aqui em Porto Alegre e é tradicional pelo artesanato que apresenta. A seleção é rigorosa, pois as vendas ultrapassam um shopping. Afinal, presentes de natal no mundo de hoje são lembranças. Lembranças bonitas e bem feitas.
Então, voltando ao bazar, percebi peças super bem feitas, bem acabadas, bem trabalhadas...no quesito costura. Na criação, na combinação, no design e até na simplicidade, bem, um pouco demais. Temos mãos muito capacitadas aqui no Sul!
Porém, perceber para onde vai a humanidade e as tendências é necessário também para se fazer patchwork. Não basta executar, apenas, o que se gosta e copiar projetos prontos adaptando tecidos que sejam parecidos. É preciso colocar mais! É preciso mostrar que é possível fazer de forma diferente. Por isso o filme. Chanel fazia o mesmo de forma diferente.
Xadrez com listrado, branco sujo com preto puro, brilho sem exageros, tudo sem exageros...
Assim a fórmula do adequado, do conforto e da simplicidade se fazem.
Por isso, este filme é um grande ensinamento ao foco, ao projeto, ao pensar no que fazer, a pesquisar com os olhos para onde está indo o caminho.
Defendo o projeto com todas as minhas forças. É possível reproduzir um projeto, mas dando uma cara diferente. É necessário dar personalidade e identidade ao projeto.
É preciso ser brasileiro. É preciso ser criado no Brasil.
Coco Chanel fez isso na França e nós precisamos fazer isso aqui.
Pense nisso!

Boa tarde!











domingo, 29 de novembro de 2009

Fazendo o que?

Bem, terminando peças utilitárias, telas começadas e planejando, melhor dizendo, abrindo outra que tenho tempo para terminar e levar para a praia, porto onde nossa família se encontra e troca vivencias, presentes e lembranças, aqui estou.
Estou abrindo uma tela para minha irmã. Bem, não é assim tão simples. Ela é dona de 4 cafés em Asunción, Paraguay, onde ela mora. Me pediu telas. Bem, se fosse só isso, seria um lucro! Minha irmã é ma-ra-vi-lho-sa-men-te positiva e elétrica. Tudo com ela é muito! Quando abriu o primeiro café me pediu 03 mantas de patchwork para os sofás do lounge. No mesmo dia este número subiu para 6. Mandei 4 que foi o que pude fazer, pois tudo é para ontem! Agora ela tem mais 3 cafés!!! Então, pediu mais mantas para seguir a linha de ambientação e telas... surtei!..Não sou boa de matemática, mas o número é grande! Bem, desta vez negociei o prazo,né?
Mas, a tela, pelo menos, para um deles, quero fazer. Vamos ver como repercute. Não, não será nada de especial. Um grafismo de café com chocolate (ela tem também uma bomboneria) e com o nome que une as três especialidades: Chocolarte Café! Desta vez vou colocar um pouco da publicitária nas mãos dos pincéis! Vamos ver no que vai dar. Tenho certeza que mostrar o andamento é algo complicado (lembro de minha amiga Angela quando uso esta expressão - beijos Angela!), pois o início é feio. Muito feio. Mas, vou fazer isso.
Então, o início da primeira tela dos Chocolarte's Café's!




Mas, eu já tinha começado uma tela com um rosto de mulher. Não tinha mostrado, mas já tinha falado. Bem, terminei. Se chama La Femme!




E, junto com ela, havia começado a base dos homens e já havia mostrado em outra postagem. Bem, terminei! Se chama Le Creole, me utilizando de uma região da França.




Ambos foram exercícios de pintura, pois são reproduções de fotos que tirei de uma vitrina em Paris. Desconheço o autor(a), mas me enamorei das telas.
E, não adianta, não consigo deixar de colocar aqui a felicidade da minha mãe. Ambas fazemos aulas com o mesmo professor e no mesmo dia. Bem, num determinado dia eu enlouqueci as "meninas" da aula e todas começaram a "soltar a franga". De uma mesma idéia sairam vários quadros autorais e os pincéis não pararam mais! Uma diversão! Aulas são ma-ra-vi-lho-sas! Então, depois de começar a soltura ela teve coragem de fazer suas rosas soltas. Ela é apaixonada por rosas! Ainda não estão prontas, mas a alegria dela é contagiante!




E, como não posso deixar o patchwork, porque amor antigo (este, pelo menos) não se deixa, fiz um painel para a cama do meu quarto na praia. O quarto era tão pequeno, mas tão pequeno, mas tão pequeno que a cama de casal teve que ficar embutida no armário. Aquela parede vazia me incomodava, assim como não ter criados mudos para colocar um livro e meus óculos (melhor dizendo, meus olhos, né?). Então fui para a máquina e fiz este painel. Nos bolsinhos lugares para óculos, livros e controle remoto de TV. No centro árvores estilizadas e, para aprender melhor a técnica, fiz o bordado com a linha de crochê no rebobinador da máquina (linha de baixo),pelo lado do avesso. Amei!!!!!
É tão simples! Basta não passar a linha pelo tensor. Liberdade, deveria se chamar! A linha solta faz a mesma coisa que a tensionada. Uma maravilha!


E aqui vai um detalhe das árvores...




E mais dois detalhes dos pontos. O zig zag foi feito com o pé livre de quilt e assim pude dar um sentido mais rudimentar para o trabalho. Confesso que as coisas muito certinhas me incomodam...



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Bem, parece que apartir de hoje terei que reduzir os números de fotos ou o tamanho delas, pois o Blogger está reclamando. Vamos ver o que se faz, vamos ver como deverá ser feito!
Mais uma vez, inesperadamente, Boa Tarde!

El tiempo pasa

y nos vamos tornando viejos...

Assim cantava a saudosa Mercedes Sosa, né?

Então, depois de muito tempo sem colocar nada, começo já.

São tantas emoções, tantas informações, tantos acontecimentos...assinhó, quase que uma virada de página. Aliás, uma virada de página!

Estou em fase de conhecimento. Conhecimento de informações e tecnologias que eu desconhecia. São leituras e mais leituras e mais leituras e mais leituras...

Jamais pensei que para colocar uma página na internet fosse necessário tanto! Mas, necessita.

Não posso fazer nada acelerado, nada não pensado, nada sem planejamento.

Assim, atrás das informações, sigo.

O ano termina, mas para mim, ele corre! E, somente termina, porque é preciso começar, com força total!

Estou estudando, e ainda fazendo algumas coisas.

O que estou fazendo?

Segue na próxima blogagem!

E, agora, diferente das outras vezes,

Boa Tarde!!!!



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Falta tempo, conhecimento...

Então, falta tempo, falta conhecimento específico para fazer - na tecnologia -e até falta dinheiro do salário para mandar fazer, mas sobram idéias, pesquisas e informações dos rumos que quero seguir.

Pois é, além da vida cotidiana tenho milhões de idéias e informações e conhecimentos que preciso adquirir.

Assim, meu atelier ficou parado num dado dia em que comecei a correr atrás dos domínios e os adquiri. É um compromisso que tenho porque mostrei aqui uma oportunidade, e um compromisso comigo, de desafio e de superação.

A cada dia que passa o que eu tinha na mente surge na minha frente - não de graça, mas com pesquisa - como sendo o certo. A cada dia tenho certeza que o caminho que quero trilhar é o correto. A cada dia meus conhecimentos adormecidos se abastecem de outros mais atuais e se somam. E, a cada dia, sei que o tempo ruge!

Me sinto como precisar ser um polvo que não só precisa de muitos braços, mas de muitos cérebros e mais, muito mais, muito mais tempo! Ah, o tempo! Quanto mais velha se fica, mais rápido ele passa! E me sinto saindo da faculdade! Ah, se naquela época eu tivesse o conteúdo e o bom senso que tenho hoje! Ah...!

Mas, o momento é agora e o futuro é aquele que quero escrever. Assim, tenho que dizer: pesquiso e procuro aprender todos os dias preparando o que a Criado no Brasil e a Retalhos Editora trarão. Será bom, muito bom!

Apenas espero ter os braços do polvo! Hi,hi,hi,hi....

Este final de semana terei reuniões. Talvez, muitas outras pessoas precisarão entrar, mas serão todas, todas elas, bem vindas! Um conjunto, um colegiado, uma equipe, uma união é sempre melhor que um monólogo. Sempre agrega.

Bem, preciso ocupar meu tempo para apreender mais e ver até onde eu, apenas eu, posso produzir e agregar.

O Patchwork está parado. A pintura segue no seu dia de aula.

A mente, bem, ela não para nem dormindo.

O ano está terminando e o outro está chegando.

Quero chegar junto, o mais próximo possível do seu início formal, nem que seja aos poucos, timidamente.

Então, mais uma vez, boa noite!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mais uma faceta

Quando pequena me perguntavam o que eu seria quando crescer. Eu, sempre respondia: jornalista.

Matemática era uma calamidade e português era uma benção! Pobre menina! Depois de crescida foi descobrir que se pode passar uma vida e continuar desconhecendo o português, este nosso idioma tão fonético, tão coloquial, tão retórico e tão mutável! Hoje, me considero uma ignorante em português. E sou.

Mas, mesmo assim, ele é muito mais amigo que a tal matemática.

As coisas aqui no sul do Brasil ficaram complicadas quando um dos maiores jornais fechou e então decidi ser arquiteta. Passei no vestibular e desisti. A tal matemática.... Fui para a Publicidade Propaganda. Lembro de no dia da minha formatura meu pai perguntar: Exatamente em que tu vais te formar? Elas não eram conhecidas e propaganda era a forma de vender pela televisão -na visão dos meus pais naquela época.

Bem, a facilidade para escrever ficou adormecida e até enferrujou. Cheguei a acreditar que foi tudo um sonho infantil.

Um dia li no jornal que estavam abrindo vagas para blogueiros do meu bairro - Moinhos de Vento- aqui em Porto Alegre. Midia, jornal conhecido e de grande circulação, o ego, uma vontade. Me inscrevi. Porém, antes comecei mandando um textinho para a coluna Eu e Meu Bairro. Gostei, gostaram, segui e então, fui chamada.

Entre panos, tintas, trabalho, casa e vida, sou Blogueira Oficial do blog do ZH Moinhos. Isso já acontece há mais de 1 ano - desde ser informal e oficial.

Escrever para meu blog e para lá me mostrou que exercício e continuidade é tudo.

Hoje foi postado um texto que fiz sobre um prédio. Um prédio da minha infância. Por quê? Por que foi pautado em reunião que seria bom escrevermos sobre um prédio preferido. Às 7h da manhã o texto foi colocado e no meio da manhã recebi um mail da redação do jornal informando ter 600 acessos. Fui ver e tinha 2 comentários. No meio da tarde, 6 comentários. Um pouco mais tarde 8 comentários.

Costumeiramente eles colocam mais de um post ao dia. O meu ficou o dia todo. Imagino que deve ter tido muitos mais acessos!

O primeiro comentário veio de Melissa Becker, jornalista do caderno e blog do ZH Zona Sul. Um elogio completo para mim!

Assim, convido a todos vocês a lerem o blog do ZH (Zero Hora - nome do jornal) Moinhos (Moinhos de Vento). Quem é daqui, algumas vezes poderá ler no caderno impresso, isto se estiver no bairro para comprar a edição aqui ou se for assinante do bairro. Mas não é sempre, apenas quando somar ao bairro. De resto, podemos ver pessoas do mundo todo querendo saber o que passa por aqui: gaúchos de fora, gaúchos com família aqui, gaúchos de coração, gaúchos.....ou não.


Aqui, fica este convite.

Para variar,

Boa Noite!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O lado dos pincéis

Como já disse fui para a pintura em tela para aprender mais como colocar tinta sobre o tecido. Bem, como também disse, me apaixonei! Meu tempo se divide entre ambos e minha cabeça trata de juntá-los. Uma loucura!
Mas, como minhas telas já estão no blog do professor, Rodrigo Corrêa resolvi mostrar, também aqui, minhas produções.

Minha primeira tela saiu de uma foto tirada de uma vitrine em Veneza. Duas esculturas de anjos estilizados. Na tela fiz os anjos em massa relevo e o restante foi aprendizado de pincél. Não gostei muito, mas a primeira tela a gente nunca esquece e nunca vende, e nem dá! Fica sempre junto para observarmos a evolução.




A segunda veio de uma conversa com uma amiga que gostaria muito de fazer um palhaço em patchwork. A figura, em si, do palhaço, confesso, não gosto muito. Não acho palhaço engraçado, mas sim um ser muito triste. Mas, achei boa a idéia e fui pesquisar. E encontrei um palhaço que de tradicional não tem nada. Era preciso aprender a técnica e então reproduzi. É da artista plástica e designer Russa Vika Prokopaviciute.
Acrílico sobre textura de papel, sobre tela.


Na terceira quis agregar mais coisas que apenas tinta e então fui pesquisar num catálogo de um pintor chamado Maugeri. Quando estava em Paris passei pela galeria que estava expondo seus trabalhos. Com o catálogo na mãos, a imagem na frente me dei ao displante de fazer minhas intervenções nesta releitura. Após descobri que a exposição era uma homenagem a Klimt.

Decoupagem de inkjet e acrílico sobre tela.




Então, querendo algo meu, voltei para as fotos. Encontrei a foto de uma porta com uma lata de lixo, numa rua de Paris. Decidi e fui adiante. Eis minha foto original.




Num dado momento percebi que não queria reproduzir e então tornei a porta minha e fiz o que quis. Coloquei cor na forma de decoupagen inkjet. Eis a imagem trabalhada no computador para ter a noção de como ficaria.





Quando chegou na hora da moldura começou a piração do preço e, em conchavo com o professor decidimos confeccionar. Loucuras para cá, loucuras para lá, pensamos em sarrafos de engradados e decidimos que de Coca Cola seria o máximo. E assim foi. Fiz as molduras integralmente!


Eis o quadro pronto que hoje está exposto na Mostra de Talentos no TRF4, em sua primeira aparição pública. Bem, pensando bem, de nós dois!





E, abaixo dele um texto, que é o seguinte:


IL PORTE COLLE


Uma porta antiga. Uma lata de lixo nova. Uma rua sossegada e limpa. Não fosse em Paris, não chamaria a atenção. Uma foto. Uma criação. Minha primeira tela autoral. Decoupagem, transferência de thermofax, textura, acrílico sobre tela. A porta passou a ser minha quando faltou cor. Cor faz a vida. Cor dá sensação. Fiz minha cor, minha porta. A moldura, fruto de uma piração. Preço versus tela. “Como eram lindos os engradados antigos!” Neste papo louco com meu professor, Rodrigo Corrêa, veio a idéia de fazer a moldura. Engradados de champagne? Vinho? Coca Cola. Coca Cola?! Sim, porque Coca, cola. Coca Cola.

Então, até a moldura foi feita. IL PORTE COLLE - A porta cola. Este é o nome.

E, sua primeira aparição é aqui.

Comecei a pintar em abril de 2009.
Simone Guardiola
Voltei para as fotos e encontrei estes rostos, também de uma vitrine em Paris, porém, devo confessar, já era noite, a galeria estava fechada e não sei dizer o nome do autor (a). O rosto da mulher já está quase pronto e este em andamento. Estou fazendo minha releitura. Mas, já inventei moda: Acrílico sobre voal, sobre tela. É uma delícia pintar sobre voal! E deve entrar espatulado.




Daqui para frente vou investir na autoria apenas. Penso que agora posso desenvolver a técnica apartir do que imagino.

Estou gostando do que vejo e percebo que as paredes da minha família não ficarão assim tão mal vestidas, né?
Espero que aproveitem!

Boa Noite!

domingo, 25 de outubro de 2009

Retalhos Editora, Patch for Pets, Criado no Brasil

O que são e o que uma tem a ver uma com a outra?














Bem, todas são marcas e domínios frutos de sonhos.




Sou mãe de cachorros e a Angela também, além dos humanos que somente ela os têm. Então, depois que eu fiz uma caminha de um lado inverno e de outro verão, a Angela disse: Porque não fazer para vender? Pela pesquisa dela, nasceu a Patch for Pets. Uma questão fonética, mas numa tradução tosca, quer dizer: Retalhos para animais domésticos.




Com o estudo, o acumular dos ensinamentos e perceber que, mesmo não acreditando, sabia mais que muitas pessoas, escrevi uma apostila para minha vizinha, no momento, minha aluna de patchwork. Fascinada ela me disse: Demorei para começar a ler, mas quando comecei, não quis mais parar.





Não acreditando, passei para a Angela e ela me disse: Peguei, de pé, comecei a ler e não consegui mais parar. Está ótimo!







Fiz nascer a Retalhos Editora.





Isso significa que há um livro quase pronto!








Então, fomos fazer um bazar. A mente fervilhava, pois nem eu e nem ela éramos conhecidas. Porque não criar uma marca?








Ah!, A publicitária de volta!





Então, nasceu a Criado no Brasil, pois apenas fazer não era suficiente. Era preciso ter identidade brasileira, atitude brasileira, era preciso ser criado no Brasil. E, se olhar a bandeira brasileira, ela é um patchwork perfeito!








Criado no Brasil! Não era, apenas, feito no Brasil! O principal era a criação, a identidade brasileira na criação. Assim, convencidas, nasceu a Criado no Brasil.





Feitos os logotipos, feitas as artes, feitos os cartões, coisas que saem fáceis da minha pessoa, porque sou publicitária, fomos para a rua.





Desde então foram 2 anos!





Com um pós-graduação em marketing eu tinha um sonho: abrir uma loja, em uma determinada rua, assim que me aposentasse. Porém, faltam alguns muitos anos para isso. Numa noite de pouco sono, acordei e percebi que estava sendo antiga, que não fazia jus ao meu pós-graduação! Por que abrir para a rua? Numa cidade? Num bairro? Por que não abrir para o mundo? Na internet?





Então, fui atrás. Primeiro registrei a Retalhos Editora. Sim, porque ela dependia apenas de mim. Eu queria ensinar, mostrar como é bom e fácil fazer patchwork e devanear dele para a pintura, para a colagem, para a mistura de artes. Registrei o domínio e a marca.





Então contei para a Angela, Angela Verdi, e ela disse: precisamos registrar a Patch for Pets. Assim o fiz.




Por último pensamos na Criado no Brasil, que aqui se mostra a mais importante.





Sob sua bandeira estarão todas elas.





Criado no Brasil significa que aqui se cria, aqui se faz, aqui se mostra a nossa identidade.





Foi a mais difícil. Era preciso mais que querer. Mas, agora ela é nossa! Na marca e no domínio!





"A Criado no Brasil é a realização da amizade do patchwork. Duas amigas unidas por ele queriam mostrar a identidade brasileira nessa arte de juntar retalhos. Então, fazer era pouco. Era preciso criar. Assim nasceu nosso sonho. E, porque amamos animais criamos a Patch for Pets, até porque eles merecem! E, depois veio a vontade de ensinar tudo o que sabemos. Então, nasceu a Retalhos Editora. Apesar de independentes elas estão sob a bandeira Criado no Brasil, porque amamos tudo o que é nosso, tudo que é brasileiro".




Estamos nos preparando.




Estamos em construção.







Até breve.




Com carinho







AngelaVerdi & SimoneGuardiola







Não vamos entrar no ar para enganar ninguém. Quando tivermos conteúdo consistente, de fato, colocaremos nossa ideia, nosso sonho, nossa vida para compartilhar.





Assim, se você entrar na Retalhos Editora: http://www.retalhoseditora.com.br/ irá encontrar:




























E, se entrar na Patch for Pets: http://www.patchforpets.com.br/, irá encontrar:













Porém, se fores ao http://www.criadonobrasil.com.br/ irás encontrar algo que já é visto há muito tempo, uma logomarca que já é marca em cada uma destas blogagens:



























Temos 1, 2, 3 até 4 anos para ter conteúdo verdadeiro para colocar nossa ideia para vocês! O importante é ter tido a primeira iniciativa, registrar as marcas e as identidades e pensar o que queremos. Quando estivermos prontas para todos, estaremos por inteiro.




Assim, nos aguardem!





Somos pessoas do bem.












Simone Guardiola & Angela Verdi





























quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Gramado 2009

Festival de Patchwork e Quilt de Gramado. Décimo segundo. Aconteceu de 07 a 10 de outubro. Fui no dia 09 de outubro, numa sexta-feira. Dia ótimo! Ainda na semana comercial e por isso um pouco menos tumultuado, mas nem por isso com menos movimento. Para este dia, onde o público direto é exclusivo, estava cheio. Dia onde ainda nem tudo foi totalmente vendido. Dia, onde ainda encontrei o estande de venda das Arteiras de Palmares com produtos. Bonecas lindas! Fora do meu alcance, mas lindas!
O Festival cresceu. Comentei que fazia muitos anos que eu não ia. Então, ele cresceu! E muito!
Profissional, organizado, competente e muito bom de ver e comprar.
Se você quer ter acesso a lojas de São Paulo, vá a Gramado. Elas estão lá! Muito bom ver chegar perto de nós o que só podemos ver na internet.
Testei a máquina Bernina. Um luxo! Caro luxo, mas um luxo. Percebi que minha Janome é ainda meu amor e não preciso trocá-la. Relação custo benefício. Talvez quando eu seja "grande", no sentido adulta, isso aconteça. Agora, posso e devo desbravar minha Janome, pois ela só falta dizer Namaste por ser usada, assinhó, todos os dias! Resolvi que vou colocar que meus trabalhos são feitas por ela.
Revi a Sarinha, minha professora Sara Louise. Acho que voltarei a fazer aulas com ela assim que alguns horários me sejam possíveis e assim ela os abra. Vendo-a usar minha máquina Janome 6600 foi definitivo! Será muito melhor!
Não ganhei nenhum prêmio este ano, mas ganhei outras coisas muito melhores:
Conheci Andréia Hermeling, jornalista do Jornal do Artesanato e da Revista Patchwork da editora Craft. Mulher jovem, forte e decidida. Idealizadora e realizadora (principal) do Evento de Encontro de Patchwork e Bonecos de Porto Alegre e, em Porto Alegre. Descobri, vendo com outros olhos e conhecendo o Marcos Hidalgo, a Revista Patchwork. Cada edição uma pessoa. Uma edição por evento. Um luxo de material. Material nacional, bem tratado, bem mostrado. Assinei e pude perceber que cada revista tem um clima, o clima da pessoa.
E, porque eram pessoas - as revistas, é claro - pedi autógrafos. Eu, que nunca na minha vida pedi autógrafos e conheci tantas pessoas famosas ao longo da minha vida profissional! Pedi, e não me arrependo.
Sarinha, Sara Louise, foi a primeira. Minha professora, querida e amada, terna e carinhosa sempre. Um orgulho!...para minha amiga Simone...Um orgulho para mim.
Depois, percebi que a Dóris estava no estande da Paulinia. Fui lá. Foi então que recebi meu prêmio. A Carminha, idealizadora do Festival, chegou apresentando uma conhecida para a Dóris e ali fiquei, quieta. Quando a Carminha estava por sair eu disse: Oi, Carminha! Tudo bem, eu sei que tu não me reconheces! Estou velha, gorda, loira, lisa e de aparelho na boca, mas... - ela interrompeu e disse: Claro que reconheço! Tu inscreveu duas miniaturas este ano! Pasmada, eu disse que sim. E veio meu outro prêmio. A Dóris Teixeira disse: As duas com tingimento e pintadas à mão?
Respondi pasmada: Sim. Então ela disse: Muito lindas!
Eis meus prêmios, eis minhas rosetas. São 3: Minha amiga Sara Louise e os dois reconhecimentos dos meus trabalhos por Carminha e Dóris.
Desci a serra feliz!
Então, percebi que foi muito mais! Conheci uma pessoa linda chamada Andréia que faz e tráz a Porto Alegre essa arte e a mostra em seu jornal e nas revistas; redescobri um Festival; superei um trauma deste Festival; percebi que tenho muito para aprender ainda e sempre - e esta foi a melhor parte!- pois não ter mais o que aprender é o fim! Descobri que sei para onde quero ir e sei que este é o lugar certo; descobri que encontro eco neste caminho; descobri que existem parcerias - no melhor sentido - aqui bem perto.
E o melhor, descobri que o melhor está presente aqui também!
Gente, Minas Gerais - tirando a Dóris que é gaúcha radicada (Dóris, você é gaúcha, certo?) - é fertil, é linda, é grande na arte dos retalhos e bordados!
O Brasil está muito bem representado!
Nossas mulheres - ainda só mulheres que vi - são ma-ra-vi-lho-sas!
Resgatei o Festival e essa foi a melhor parte para mim.
Desculpem o tamanho da postagem. Eis outro desabafo.
Agora, um pouco do meu olhar de Gramado:


Pontos decorativos de máquinas, pontos artíticos...


Meus trabalhos, lado a lado: Ordem e Progresso e Born to be Wild...


Born to be Wild mais de perto...


Ordem e Progresso, mais de perto...sem precisar ser tão realidade, né?...


O vencedor de miniaturas....


Uma aquarela linda!...


Outro vencedor, não sei em que categoria...desculpem...

Lindo pela simplicidade, pela monocromia e pela cromia...


Lindos detalhes de um trabalho da Mostra...


Mais um detalhe de um trabalho da Mostra...


Um detalhe de um trabalho da Dóris Teixeira, da Mostra...


Outro piece fabuloso...



Adriana Sleutjes, outra vez, com competência e razão, a melhor do concurso...

...um detalhe deste trabalho onde não se sabe por onde se começa, por onde se continua e, por onde se termina. Para mim ela já é Master!

Parabéns Adriana, gaúcha Adriana Sleutjes. Você merece!


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