Ah! Essa blogagem vai ser longa! Depois de tanto tempo sem blogar as histórias vão tomar conta. E nem sei se terá fotos! Assim, se não tiver tempo e nem paciência: abstenha.
Nada começa por acaso e jamais continua por acaso. Assim, depois da separação há outras separações necessárias de serem feitas. Foram começadas.
Primeiro tive que continuar a obra da cozinha da minha mãe, que fez a gentileza de fazer com meu ex-marido. Já, ex-marido quando decidiu fazer. Na tentativa de não ter mais atritos fui deixando coisas que me incomodavam passar, pois a situação terminaria com sua parte da obra. Explicação: minha mãe está na praia e eu administrando e resolvendo a obra, ou seja, tudo comigo! Limites de bom senso e separação não foram percebidos pela pessoa, então tive um ataque de "franja crespa". Como assim? Como mesmo diz minha amiga Angela, a franja quando alisada por secador, ao menor suor ou umidade, encrespa, fica rebelde. Assim, a franja é a primeira que reage. Reagi. Quinta-feira tive um ataque e tive que colocar todas as toxinas para fora. Pontos nos "ís", seguimos para nova etapa. Era a janela de alumínio da cozinha da minha mãe. O contratado era - e veja bem, era- um italiano grosso, destemperado e "fora da casinha". Aparecia quando queria, não atendia aos meus telefonemas, quando atendia não me deixava falar e me mandava calar a boca para ele falar e dizia que estava na obra quando ele queria estar e eu estava onde? - respondo: trabalhando. Quando resolvi colocar as coisas nos eixos começou gritando pelo telefone e pedi que viesse para uma conversa face a face. Bem, terminou como se esperava: ele achando que estava com tudo na mão para me fazer calar e me submeter a sua estupidez, dizendo que retiraria a janela e, eu mandando, imediatamente, retirar e devolver a entrada. Bem, assim fiquei com um vão de 3 metros aberto e sujeito à chuva e ele com o prejuízo de sua prepotência. Tudo isso gera um estresse e uma adrenalina que termina com o corpo e a mente de qualquer pessoa. Terminou comigo!
Mesmo assim, depois do primeiro ataque de franja crespa que tive, resolvi que me dedicaria a minha casa. Afinal, agora ela é só minha e assim será...continuará sendo, sempre. Para tanto precisei pensar durante à noite: competir ou viver? Escolhi viver.
Tenho dois trabalhos de patchwork começados. Um já em fase de quilt e com projeto de quilt pronto (aqui, tudo se projeta); outro iniciado, onde ainda falta bastante coisa. Decici deixar as coisas passarem. Nesta época do ano já estaria preparando tudo para estar free em Gramado. Acho que não vou competir este ano, mas sim melhorar e transformar minha casa em minha.
Claro, para isso ainda preciso colocar meu atelier em forma, arrumado. Não o fiz. Ali, sempre foi meu templo, tudo pode esperar meu melhor tempo, mas agora, meu tempo de viver apertou. É questão de existir melhor comigo. Assim, as coisas começam a mudar amanhã, quando vou tirar as medidas dos fechos que necessito para fazer almofadas e comprá-los, por óbvio; do projeto que preciso para fazer a capa para meu sofá do ex-escritório, agora sala de pintura, e tudo no lugar para me dar espaço pleno de construir, costurar e viver essa nova existência. Começo a perceber que tenho vontade de chegar e estar em casa e de ver as luzes naturais que um dia programei, na reforma, existirem.
Outra atitude que tomei foi deixar, de deixar, para amanhã o que eu sempre queria fazer ontem: mesmo sabendo que sairei de férias depois do carnaval iniciei aulas e Yoga, digo, Yôga. Hata Iyengar. Começo a disciplinar meu corpo para se manter ereto e minha mente tranquila para ser feliz. Estarei fora alguns dias. Se recuperar tudo bem, se não, também tudo bem. O que me interessa é que comecei e estou me sentindo tão bem, mas tão bem, mas tão bem que começo a pensar que posso ser uma pessoa mais feliz e melhor.
Veremos...se os ataques de franja crespa me deixarem em paz, né?
_/\_ Namastê!
Um comentário:
Adoro quando voce tem esses ataques! É daí que nasce uma nova
ATITUDE. Siga em frente menina Nina. Na vida, nada é dado de graça, tudo precisamos lutar para conseguir... e que luta!
Saudades de nossos papos.
Beijos com carinho
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