Talvez, seja porque não tenha conseguido fotografar os trabalhos que enviei para Gramado (por alteração e puro esquecimento, diga-se de passagem). Talvez, porque hoje não saiba o que mais gosto. Na tela, no acrílico, sobre tecido, com a imaginação solta e sem precisar provar nada a ninguém, minhas mãos clamam por um pincel. Me descubro durante o sono acordando com novas idéias ou fórmulas de resolver determinadas pirações que imaginei. Já passei por isso como quilt e o patchwork. Passo ainda, mas me deparo com regras existentes e que tenho que respeitar. Mesmo assim, nada termina este amor!
Durante este tempo, porque acho, sou uma hiper ativa, continuei um dos trabalhos que tenho em andamento em patchwork, pois do outro tive um empacamento natural. Por isso tenho sempre dois ou três em andamento, pois quando um para, o outro segue. E, também fiz uma tela, que imaginei demorar mais tempo, mas ficou pronta antes, e quando a olho não consigo imaginar por onde comecei e como terminei. Acho que um espírito encarnou! Mas, como minha mãe estava presente quando a fiz, tenho certeza que fui eu quem fez!
Abri outra que levarei para aula para continuar e imagino meu professor quando eu chegar com uma tela coberta com um voal preto: "Mas o que é isso? Este detalhamento será um espetáculo!"
Dia 09/10 subirei à Gramado. Como mandei dois trabalhos vou ver o que aconteceu "in loco". Ano passado não fiz isso e ganhei um prêmio. Não espero nada mais que o normal, mas vou subir, pois descobri que estou defasada em relação ao que está sendo feito neste país em termos de patchwork. Por que isso? Bem, traumas! Jamais a distância, pois o maior festival deste país está aqui, há apenas 130 km de prazer, prazer em subir a serra e estar perto do meu terreno onde vou construir uma casa para estar, dar aulas e viver mais feliz e solta! Ele fica em São Chico, onde a construção civil não chegou, onde o engarrafamento não chegou, onde as árvores estão onde deveriam estar, onde se pode fazer ecoturismo e onde muita gente como eu está se estabelecendo e, de onde imagino, irá sair se deixar de ser assim.
São Francisco de Paula fica apenas há 30 km de Canela, cidade vizinha de 5 Km de Gramado. Um "nadica de nada" do centro altamente turístico da serra gaúcha.
Lá já estão radicadas muitas artistas conhecidas, sendo uma delas Ana Maria Fernandes, professora nacionalmente reconhecida em pintura folk - www.artepintada.com.br - e que foi a grande responsável por eu escolher São Francisco de Paula como um abraço acolhedor e com futuro acolhedor.
Aqui,ficam fotos de São Chico, do meu terreno, do meu bosque para que saibam que quando o dinheiro juntado chegar para construir, lá teremos patchwork e tintas!
Eis aqui, São Chico, "in loco" para vocês:
Ao lado direito, desde a câmera, até ao meu marido são 24 metros de frente de casa.
Estas são orquídeas naturais que estão nas árvores, que também estão na entrada do meu terreno.
Este é o Lago São Bernardo, principal atração de São Chico. Posso vê-lo do meu terreno, pois do outro lado da rua para baixo, ou seja, para o lado do lago, não é possível construir mais. Uma dádiva de Deus!, ou dos Deuses! Benditos!
Num dia de inverno, de neblina baixa, minha irmã Parguaya Carmem e meu cunhado Vitor foram conhecer o terreno. Até agora não sabem onde vamos colocar a casa em meio a tanta vegetação natural. Mas faremos o mais ecológico possível!
Até breve!
Beijos
Have I Left the Artistic Life?
Há um ano
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