quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O concurso que perdi

Em 2008, desde que anunciaram este concurso, comecei a me planejar e a pesquisar.



A data limite para entrega do trabalho, nos EUA, é 02/02/09, ou melhor dizendo, era. Dia de Iemanjá ou dia de Nossa Senhora dos Navegantes, como queiram. Pois parece que Iemanjá objetivou outros planos para mim em 2009 e me tirou o prazo de sua data. Bem, pelo menos me consolo pensando assim.



O tema era Rock'and Roll. Tamanho máximo de 21 X 27cm, ou seja, uma folha A4, como aquelas de nossas impressoras domésticas. Peso máximo era de 5 libras (calculem, por favor). Técnica era livre.



Para exemplificar como pensar eles dizeram: lembre de uma música que marcou sua vida; se você escuta música quando quilta, qual a que mais te anima; se você entra no carro e coloca um CD, que música te faz bem? Mas só pode ser Rock'and Roll. Mesmo que seja uma ópera, um bolero, um tango, para nós só valerá se for rock'and roll. Se uma capa de disco, uma foto ou uma imagem te reportem a esta música mandem com os direitos autorais devidamente aceitos para a reprodução. Regras limpas e bem explicadas.


Então fui à pesquisa.


O que mais me chamou a atenção é que fazia muito tempo que não ligava meu som e colocava naquele volume que diz: aguenta ai que isso é rock' and roll!!!! E fui obrigada a me reportar no tempo. Fácil seria apenas buscar as referências americanas, afinal eles são os pais do rock! Mas para mim não bastava e cantar em português e falar do nosso rock era importante. Foi então que cheguei ao nome de Cazuza, nosso eterno poeta. E de Cazuza cheguei a música que mais me falava ao coração, mesmo que antiga, para mim a mais atual: Brasil "...mostra a tua cara...quero ver quem paga para agente ficar assim...Brasil, qual é o teu negócio...o mundo do teu sócio...confia em mim...confia em mim...Brasil!"


Mas não foi o suficiente. Havia mais um ícone para mim e então Hair, o filme Hair, cada uma de suas faixas me traziam de volta, também a Tropicália, Gil, Caetano, Gal e até Roberto Carlos. Flores, cores, contraste e irreverência de posição e de espírito.


Logo, seriam dois trabalhos. Digo melhor, são dois trabalhos.


Mesmo que este concurso já tenha passado eles estão aqui, quente na minha mão, fervilhando na minha mente e já começados.


Eles vão para a rua, eles vão para mostras, eles vão competir. Quando? Não sei, mas vão. Se não forem, minhas paredes os receberão com orgulho.


Mas a pergunta é: é se você fosse escolher um rock, qual seria ele? Qual seria o seu rock? Qual seria sua trilha sonora?


Quando você diria em plena alegria fervilhante e sangue pulsante: Segura aí, que isso é rock'and roll?


E se fizessemos uma mostra virtual? Você entraria?


Então me conte e marcaremos uma data para cantar juntos!


Vai aí um desafio no compasso do baixo, da guitarra e da bateria.


Isso, é rock'and roll!




Bons sonhos pulsantes!

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