quarta-feira, 30 de março de 2011

Pequena explicação

Ninguém deve estar entendendo porque tanto tempo em silêncio para agora falar no BBB.
Explico.
Minha vida está de cabeça para baixo. Meu pai está numa CTI há um mês. O tempo que era um, ficou em 1/3 , com tudo o que tinha antes para fazer e mais as visitas. Além disso tem o psicológico e os cuidados com minha mãe.
Antes de tudo isso acontecer meus projetos estavam adiantados e eu, orgulhosa. Agora tudo é parado e quando sobra um pequeno tempo para entrar no atelier me falta...inspiração. Demoro a pegar no tranco e o relógio anda contra minha pessoa. Quando começo a entrar no foco do projeto e a poder desenvolver melhor, o relógio me mostra que já passou da hora de dormir...
Agora estou aqui, no computador, com a TV ligada, terminou o BBB e minha indignação subiu à cabeça. Então vim.
Deveria estar no projeto que tenho que entregar amanhã, mas...quem diz!
Agora eu vou e serei responsável! Mas, de que serve? Não vou ganhar 1 milhão e meio!
Acho que vou fazer um vídeo para colocar no YouTube.
Hihihihiihihi...


Fim do BBB 11

Inacreditável. Aqui estou eu para começar um projeto importante para ser entregue amanhã, com a TV ligada, assim displicentemente, mas esperando ver a final do BBB11. Isso explica a tal audiência...
Não entendo mais meu país. Não entendo essa votação. Não entendo os conceitos desse povo brasileiro. Não vi. Não quero ver, mas comentaram existir vídeos no YouTube com transas explícitas de Maria, cujo codinome me foi dito e não lembro. Lembro que me contaram terem tirado os vídeos explícitos, deixando apenas as fotos picantes. Não vi. Não quero ver. Basta o IBOPE da torcida pelo médico que salva vidas...se bem que...marias também devem salvar de outra forma, com outra ética e moral.
Devo ser muuuito moralista... Sigo não entendendo.
Fazer tudo por amor é válido. Mas que amor é esse que acontece em...1 mês? Não teria outro nome? Talvez, paixão? Pobre MauMau...de tão mau, saiu e deu o prêmio para Maria.
Tão simplório o nome, tão louvável o nome, tão antiga a profissão, tão, tão, tão, tão...sei lá, mil coisas...
Acho que vou mudar de profissão para ganhar o BBB.
Um milhão e meio faz diferença, né?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Inglês para todo mundo aprender

Patrícia Ritter Volkmann nasceu no hospital Moinhos, cresceu e morou durante muito tempo no nosso bairro. Quando pequena, voava de bicicleta pelas ruas, marcava as calçadas com gesso, inventando que algum dia poderia se perder, e convidava os amigos de escola para grandes festas de São João na casa da Tobias da Silva. Daquela época, lembra das árvores no pátio, do armazém do seu Manuel, da costureira lady Zefa e de todas as calçadas de pedra grés onde esfolou seus joelhos. Estudou no Daltro Filho, e ia sozinha, a pé. Depois, foi para o Colégio São Pedro e seguia indo a pé até mesmo quando começou a dar aulas numa escola de inglês na Quintino.

_ Eram tempos de segurança _ recorda.

Enfim, lembranças que continuam, apesar da casa não existir mais. Hoje é um campo de obras.
E foi no Moinhos que Patrícia lançou seu primeiro livro, publicado por uma editora, ali, na extinta Livraria Arvoredo. É formada em Direito e Geografia, mestre em Geografia e professora de inglês por vocação.
Os livros que escreve são ferramentas para viagem. O primeiro surgiu ao perceber que seus alunos queriam viajar e se preparar para isso, mas não encontravam literatura fácil e dirigida. Assim, nasceu Inglês para Viagem. Depois, com a ajuda de professores de outras línguas, vieram a versão para o espanhol, Espanhol _ Conversação para Viagem, para o italiano, Italiano – Conversação para Viagem, o francês, Francês _ Conversação para Viagem. A autora também cuidava da distribuição, que contava com a livraria do aeroporto como parceira. Todos os livros se esgotaram.
Foi a hora de buscar uma editora e, assim, depois de algum tempo, firmou contrato com a Arte & Ofício. Os livros foram reeditados e distribuídos em todo o país.
Como vem de uma família de hoteleiros, percebeu que havia um espaço para ensinar e escreveu Inglês: Conversação para Profissionais de Hotelaria e Restaurantes. Percebeu também que muitos dos seus alunos médicos enfrentam problemas com as terminologias de um hospital.

_ Eles são preparadíssimos na área técnica, mas queriam saber mais do trivial, do tipo, como se diz “comadre” ou “papagaio” _ conta.

Notou que os pacientes também se interessariam e, em razão disso, acabou de lançar Inglês para a Viagem do Médico. Para ela, juntar os termos específicos e as frases torna a viagem e o trabalho mais fácil e prazeroso. Tímida, diz que não quer mais fazer lançamentos.

_ Fico constrangida de não saber o que escrever como dedicatória _ revela.

Foi em um jantar entre amigas que este post nasceu. Somos amigas desde o tempo de escola, lá no colégio Daltro Filho. Se vão 38 anos de convivência, amizade e cumplicidade que o tempo não consegue terminar. E, mesmo assim, bater uma foto foi um suplício. Ela também é tímida para fotos.
Tanto tempo de vida no bairro, tanta história aqui vivida e tantas informações ensinadas merecem nosso reconhecimento. Para vocês, a inquieta geminiana Patrícia Ritter Volkmann.

Essa matéria está no blog do ZH Moinhos e na edição impressa do jornal Zero Hora de hoje, quinta-feira, dia 17/03/2011.
 
Por Simone Guardiola, Conselho de Blogueiros
 


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