domingo, 31 de janeiro de 2010

Lua de mel com o patchwork

Tá, e daí? E o patchwork?

Tá bom, tá bom, tá bom! Não parei com ele, apesar de ter estado em marcha lenta.

Assim como já falei, resolvi viver a minha casa e a minha nova vida. Assim passei a ter uma lua de mel comigo, com minhas filhas peludas, com meus afazeres e planos de reenergização da minha casa!

Porém, meu primeiro trabalho não foi para ela, mas sim para meu tapete de Yôga. Como assim? Bem, já comentei que comecei a fazer yôga e para tanto é necessário ter um tapetinho. Este tapetinho tem que ir e vir, faça chuva ou faça sol...e se faz chuva...Bem, resolvi fazer uma sacola para ele, ao estilo sacola de guarda sol.

Fui atrás na internet. Poderia ter inventado, porém inventar a roda seria uma bobagem, né? No site da Amy Butler (sob nome de Nigella Yoga) encontrei um modelo e molde super legal e de lá fui fazendo minhas adaptações.

Então, como já tinha muitos losangos cortados sobrando, pois fiz um trabalho e cortei muuuuuuuuitos, resolvi utilizá-los. Não queria juntar pedaços (piece), mas sim fazer algo mais rápido e tão bonito. Pensei e resolvi utilizar a boa entretela colante e montar o patchwork sobre ela, depois costuraria por cima com o ponto zig zag e sobre tudo isso com pontos decorativos. Foi assim que comecei o trabalho: instruções da Amy Butler e minhas decisões. O saco do tapete não pode ser pesado, então coloquei de manta uma pelúcia e, para completar o sanduiche uma linda chita, pois chita é brasileira, né?!

Ainda não terminei. Estou na fase de costuras, de pontos decorativos, pois resolvi que não faria nada apressado. Também, como exagerada que sou, resolvi fazer 03 ao mesmo tempo: um para mim, outro para minha amiga Patipi (minha mestre, super amiga e conselheira junguiana) e outro para minha professora.

Terça-feira temos um feriado aqui no sul: Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira de Porto Alegre e também conhecido como dia de Iemanjá...como queiram. Assim, acredito que com este feriado poderei terminar todos e estar pronta para enfrentar nova chuva, já que vou passar um bom Scotch Garde neles!

Claro, não tive a delicadeza de começar o trabalho fotografando, mas no meio do caminho pude ter a luz! Na verdade, minha amiga Angela esteve aqui em casa hoje e comentou que havia entrado no meu blog e que eu não havia postado nada há muito tempo, e então fui perceber que estou fazendo coisas, mas não estou dando a devida atenção a elas.

Assim, vou tentar ficar mais atenta a isso daqui para frente.

Para vocês alguns passos do saco dos tapetinhos:



Percebam a entrela, a pelucia de manta e os losangos unidos primeiramente com o ponto zig zag



Agora do lado direito, sabendo que a parte maior de chita vai ficar sob bolsos externos, pois é necessário levar chave de casa, toalha e blá, blá, blá...

Mas, como não consigo fazer nada simples resolvi que mesmo tendo bolsos a diferença não deveria ser acentuada. Assim, mesmo fazendo as devidas dobras os losangos de baixo e os de cima serão formados igualmente

Aqui um detalhe dos pontos decorativos e da união dos tecidos

Eis um todo do trabalho em andamento, inclusive o círculo de fundo. Mas devem ter notado a taça de champagne, né? Bem, lua de mel sem champagne não é lua de mel! E, para mostrar algo mais que fiz assim que cheguei, ao fundo, a pantalha revestida com...chita! Fui eu que fiz!

Mais próxima a pantalha do abajur que anteriormente estava com manchas do tempo e eu estava querendo comprar uma nova. Aprendi com minha prima como reciclar o que temos revestindo a pantalha do abajur com chita. É rápido, barato e personalizada! Tudo de bom!!!!

_/\_

Namastê

Lua de mel com a pintura

Aqui, em Porto Alegre, faz um calor senegalês. Não muito diferente do resto do país, com a diferença que aqui não há praia, mas um lindo rio, Rio (lagoa, estuário, ou sei lá o que) Guaiba que ajuda a deixar o calor mais parecido com um caldeirão de bruxa! Mesmo assim, estar aqui nesta época do ano significa aproveitar a cidade com menos pessoas, menos filas, menos trânsito, menos tudo. Assim, como há quase 40 anos, foi criada a SAPA (Sociedade Amigos de Porto Alegre, já que em toda cidade litorânea gaúcha tem uma sociedade, nome dado a um clube, assim como, SAT - Sociedade Amigos de Tramandaí), pelo falecido Jesus Iglesias, hoje consigo aproveitar, ainda, um pouco dela. Não há reuniões, pagamentos ou encontros, assim como nem sede. Apenas pensar nesta cidade como a pequena Província de São Pedro e vê-la assim, pois assim ela ainda se apresenta nesta época do ano, é o espírito.

Deixando a cidade de fora, cheguei com os pincéis ágeis e desaforados. Fui direto para uma natureza morta. Me atirei diretamente em peras, pois durante minhas aulas de desenho resolvi desenvolver peras sob todos os ângulos. Como diz meu professor, Rodrigo Corrêa, todos os grandes artistas tiveram uma fixação por peras. Ele não entende, nem eu, mas a afirmação dele me fez sentir como se eu pudesse ser uma grande artista...Hi,hi,hi,hi....

Pintei minhas peras e estou super feliz com elas!

Bem, seguem as peras, ainda sem nome, e percebam que ao fundo está pendurado, em local nobre, minha porta francesa - IL PORTE COLLE - já fazendo um sucesso íntimo implacável!

Aproveitem!








terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Continuando o ano inciado

Ah! Essa blogagem vai ser longa! Depois de tanto tempo sem blogar as histórias vão tomar conta. E nem sei se terá fotos! Assim, se não tiver tempo e nem paciência: abstenha.

Nada começa por acaso e jamais continua por acaso. Assim, depois da separação há outras separações necessárias de serem feitas. Foram começadas.

Primeiro tive que continuar a obra da cozinha da minha mãe, que fez a gentileza de fazer com meu ex-marido. Já, ex-marido quando decidiu fazer. Na tentativa de não ter mais atritos fui deixando coisas que me incomodavam passar, pois a situação terminaria com sua parte da obra. Explicação: minha mãe está na praia e eu administrando e resolvendo a obra, ou seja, tudo comigo! Limites de bom senso e separação não foram percebidos pela pessoa, então tive um ataque de "franja crespa". Como assim? Como mesmo diz minha amiga Angela, a franja quando alisada por secador, ao menor suor ou umidade, encrespa, fica rebelde. Assim, a franja é a primeira que reage. Reagi. Quinta-feira tive um ataque e tive que colocar todas as toxinas para fora. Pontos nos "ís", seguimos para nova etapa. Era a janela de alumínio da cozinha da minha mãe. O contratado era - e veja bem, era- um italiano grosso, destemperado e "fora da casinha". Aparecia quando queria, não atendia aos meus telefonemas, quando atendia não me deixava falar e me mandava calar a boca para ele falar e dizia que estava na obra quando ele queria estar e eu estava onde? - respondo: trabalhando. Quando resolvi colocar as coisas nos eixos começou gritando pelo telefone e pedi que viesse para uma conversa face a face. Bem, terminou como se esperava: ele achando que estava com tudo na mão para me fazer calar e me submeter a sua estupidez, dizendo que retiraria a janela e, eu mandando, imediatamente, retirar e devolver a entrada. Bem, assim fiquei com um vão de 3 metros aberto e sujeito à chuva e ele com o prejuízo de sua prepotência. Tudo isso gera um estresse e uma adrenalina que termina com o corpo e a mente de qualquer pessoa. Terminou comigo!

Mesmo assim, depois do primeiro ataque de franja crespa que tive, resolvi que me dedicaria a minha casa. Afinal, agora ela é só minha e assim será...continuará sendo, sempre. Para tanto precisei pensar durante à noite: competir ou viver? Escolhi viver.

Tenho dois trabalhos de patchwork começados. Um já em fase de quilt e com projeto de quilt pronto (aqui, tudo se projeta); outro iniciado, onde ainda falta bastante coisa. Decici deixar as coisas passarem. Nesta época do ano já estaria preparando tudo para estar free em Gramado. Acho que não vou competir este ano, mas sim melhorar e transformar minha casa em minha.

Claro, para isso ainda preciso colocar meu atelier em forma, arrumado. Não o fiz. Ali, sempre foi meu templo, tudo pode esperar meu melhor tempo, mas agora, meu tempo de viver apertou. É questão de existir melhor comigo. Assim, as coisas começam a mudar amanhã, quando vou tirar as medidas dos fechos que necessito para fazer almofadas e comprá-los, por óbvio; do projeto que preciso para fazer a capa para meu sofá do ex-escritório, agora sala de pintura, e tudo no lugar para me dar espaço pleno de construir, costurar e viver essa nova existência. Começo a perceber que tenho vontade de chegar e estar em casa e de ver as luzes naturais que um dia programei, na reforma, existirem.

Outra atitude que tomei foi deixar, de deixar, para amanhã o que eu sempre queria fazer ontem: mesmo sabendo que sairei de férias depois do carnaval iniciei aulas e Yoga, digo, Yôga. Hata Iyengar. Começo a disciplinar meu corpo para se manter ereto e minha mente tranquila para ser feliz. Estarei fora alguns dias. Se recuperar tudo bem, se não, também tudo bem. O que me interessa é que comecei e estou me sentindo tão bem, mas tão bem, mas tão bem que começo a pensar que posso ser uma pessoa mais feliz e melhor.

Veremos...se os ataques de franja crespa me deixarem em paz, né?



_/\_ Namastê!





segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Pequenas mudanças novas

Então, foi assim que ao recém chegar da praia busquei a primeira coisa que pendia há alguns anos. Havia dois móveis aqui em casa que passava ano, entrava ano e eu dizia que queria pintar. Melhor, eu queria fazer uma pátina pois estavam escuros, passados, pesados. Com tudo o que aconteceu eles pesaram mais.


Assim foram os primeiros a serem atacados. Eu precisava de mão de obra masculina para carregá-los para a cobertura da minha mãe e depois trazê-los de volta. A idade já pesa...não somos mais jovenzinhas, né? Aproveitando a reforma da cozinha de minha mãe e o pessoal que ali está trabalhando, um certo charme aqui, outro ali e lá foram os móveis escada acima.


Durante o final de semana o trabalho era meu e então, com um biquini no corpo para suar sem preocupação e já tomando um solzinho amigo, lá fui eu.


Sábado foi o dia da lixação para a retirada do que tinha e a colocação de Jimo Cupim. Dei um banho de 2 litros de Jimo que até eu fiquei imune! Tive que deixar secar.


Domingo foi o dia determinante. Fui pegar a lata de tinta que havia escolhido e percebi que não era PVC e nem acrílico, mas sim esmalte aquoso. Temi, mas fui adiante.


Gente, ficou uma ma-ra-vi-lha!


Uma mulher multimidia deve ser temida! Fazemos qualquer negócio! Hi,hi,hi,hi...


E agora as fotos para me contarem o que acharam. Eu, estou super satisfeita!


Boa Noite e aproveitem!





O aparador da cozinha que era escuro e, agora claro e lindo, com seus banquinhos azuis pintados por minha mãe



O aparador no contexto geral que ele fica






O baú que estava escuro e já com algumas manchas do tempo. Bom, se é para ficar com manchas que sejam manchas de verdade, de uso, assinhó, selvagem e com atitude!
PS: Suei tanto, mas tanto que só com biquini! E, para não pensarem que a idade não se manifestou posso dizer que estou descadeirada e tomando uns bom antiinflamatórios...mas valeu a pena! Gostei do resultado!



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2010 - Parte 2

Então 2010 começou e depois de vários dias sem ver e-mails, fui a eles. Descobri com outros olhos coisas que podem fazer a diferença.
Vi trabalhos, vi técnicas, vi caminhos.

Já mendei um e-mail transloucado para meu professor de pintura e já sei como iniciarei a primeira tela da mostra individual que farei em outubro deste ano. Porque outubro? Por que já foi marcada, ora bolas! Primeira quinzena. Será uma mostra de tela e patchwork. A primeira tela já está na cabeça e farei as outras na mesma linha - uma série-, pois será um misto das técnicas.

As técnicas? Para quem pinta: acrílico e óleo sobre tela. Para quem é de patchwork: patchwork. Para quem é de colagem: colagem. Para quem é de arte francesa: arte francesa.

O que dará tudo isso junto. Bem, depois da mostra estar inaugurada as fotos estarão aqui. Até lá: Gramado e muito trabalho.


Mil beijos

Uma fachada de casa na França. Esqueci de dizer: Vou passar meu aniversário na França. Uma parada emergencial para renovar a mente. Uma inspiração.





Uma visão de um detalhe. Uma idéia. Um livro a mais que foi comprado. Mais informação. Bordado? Mas o que será bordado em patchwork? O que não parece? Ou também o que aparece que é chamado de quilt? Uma piração? Transparência, camada, sobreposição...

2010 - Parte 1

Sim, parei. Foi necessário. Era preciso escutar a voz interna e a do mar. Sim, sempre o mar foi muuuuuito importante para mim. Sou filha de Iemanjá para alguns e de Iansã, para outros, mas sempre filha das águas, como se pode perceber.

Escutei e refleti e, por isso, parei de escrever. Silêncio era necessário.

Quando percebi que meus Orixás, entidades, deuses, santos, anjos -e classifiquem como quiserem - me deixaram só para poder me proteger melhor, resolvi escutar a voz que vem atrás do meu ouvido direito. Seja intuição, seja o sobre natural, para mim, sou eu.

Assim dormi, descansei e voltei para casa onde ainda precisava fazer várias faxinas e arrumações. Uma separação não é biscoito fino!

É preciso arrumar a vida, a pessoa, o dia a dia e depois as energias. Isso faltava na minha casa.

Voltei um dia antes de trabalhar e comecei por meu guarda roupa. Antes minha parte e sua parte. Agora minha parte totalmente. E, descobri que era feito para meu tamanho! Amanhã vou para outras peças da casa e outras partes do quarto. Todo o dia uma coisa. Reenergização! Reorganização! Novas idéias! Nova vida! Novas forças! Fui eu quem quis, mas isso não significa que as energias não precisam ser recicladas, né? É necessário limpar e retirar 2009 da minha energia.

Meu atelier seguirá por último. Porquê?

Por que ali sempre foi MEU espaço, o MEU altar, o MEU território. E então, ali as coisas não me incomodam. Está um hor-ror! Mas é o meu horror! E, assim, tudo o que pode ficar para depois, para mais tarde, entrará para lá. E, a última peça da minha casa para ser arrumada será ele.

Ideias, - puxa, sem acento parece sem idéia nenhuma e acho que minhas idéias seguirão sendo acentuadas - e criação já abundaram. Para tela ou para patchwork? Para ambas. Mãos seguem, como polvo para elas e para o projeto de mostrar e oferecer também.

Criado no Brasil, Retalhos Editora e Patch for Patchs, agora também são prioridades. Tempo? Abunda - mas também tenho que dividir entre os 10 kilos que tenho a perder, e por isso tenho yôga e academia e bicicleta pela frente!

2010 apenas começa.

Um beijo

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