terça-feira, 28 de abril de 2009

Juntando retalhos, é?

A máxima das pessoas que não conhecem a arte de fazer patchwork e quilt é dizer que "isso é juntar retalhos".
Bem, não deixa de ser, porém a forma como dizem é como se os retalhos fossem de camisas velhas, tecidos não aproveitados, ou seja, restos.
Também pode ser, pois a forma como foi criado, a origem, foi assim. Hoje muito chamada de costumização, está prática iniciou uma arte por causa da necessidade.
Mas, hoje fui comprar linhas. As linhas para fazer o quilt do meu trabalho.
Tamanho da conta: R$ 115,80.
Se isso é costumização, se isso é juntar retalhos velhos, se isso não pode ter um valor maior na hora de pagar a conta de um trabalho, eu não sei!
O metro de cada tecido importado sai, em média R$30,00. Eu disse média! Os tecidos nacionais estavam variando em R$18,00. As mantas, com ou sem cola, variam em torno, na média, veja bem, na média, R$ 15,00. E o nosso trabalho? Quanto valeria? Difícil colocar preço na dedicação, no estudo do projeto, na execução bem feita e cuidada, certo? Ninguém paga tudo isso. Infelizmente.
Mesmo assim persisto.
Hoje fui a uma nova loja. Sempre é preciso conhecer coisas novas. Nova para mim que apenas havia ido poucas vezes - e mantinha o paradigma de ir sempre na mesma- mas, A Casa do Patchwork já é bem antiga aqui em Porto Alegre. As meninas começaram pequenas e competentes, e por isso cresceram e estão numa loja grande e linda. Ainda competentes? Muito competentes.
Conversei muito com a Rita. Ela não é gaúcha de nascimento, mas percebesse que é de coração. E isso vale muito mais, né?
Lá você pode não encontrar todos os tecidos imagináveis, pois seria impossível para elas manterem custo tão elevado, mas lá encontra-se todo o necessário para executar um execelente trabalho.
Gente, tem fechos dos mais variados tamanhos! Espetacular!
O local das aulas é amplo e não há turmas definidas em níveis. Você vai e é assessorada para o seu nível. Lá não tem trabalhos de costura, pois se não têm a alguma técnica de patchwork não estão lá. A técnica é privilegiada.
Bem, mesmo sendo tudo muito caro, o patchwork segue sendo um mundo de mulheres felizes. Desculpem, homens! Já temos muitos de vocês nesta arte.
Vai aí o site: www.casadopatchwork.com.br. Hoje não tem trilha sonora. Vou dormir cedo para minha aula de amanhã.
Buenas!

domingo, 26 de abril de 2009

Delicatessen Jazz

Sim, eles são gaúchos. Não andamos só à cavalo e nem só cantamos chamamé.
Um pouco antes de me formar, lá em 1984 -já vai tempo- descobri que existia música na propaganda. Como assim? Na faculdade não mostravam isso assim, de frente e publicamente. Comecei como estagiária numa produtora de áudio chamada Plug Produções Fonográficas. Seus donos eram -infelizmente ela fechou- Geraldo Flach, que acredito, dispensa apresentações e Sepé Tiaraju de los Santos. Enquanto um era um músico renomado, o outro era um produtor nato. Sepé fez Direito no Rio e se transformou em produtor na antiga Polygram. Voltou as raízes e se transformou num músico. Ele não sabe tocar nenhum instrumento, mas compõem como ninguém. Foi ele quem me colocou dentro do estúdio, primeiro fazendo locução e depois, já mais acostumada, fazendo backing vocal para layout de jingles. Neste momento fui dominada pela música e seu staff. Fiquei viciada em música.
Assim também é Beto Callage. Quando entrei para a propaganda o Beto Callage já era um dos Papas da criação em uma grande agência. Depois abriu a sua e continuou sendo um Papa. Lembro de escutar que ele começava sua criação pela música. Era louco por música, digo, ainda é. Lembro que comentavam que ele quando viajava leva uma camiseta na mala e voltava com ela cheia de cds. Música do mundo inteiro. Jamais estive tête-a-tête com Beto Callage, mas muitos dos seus trabalhos eu produzi quando trabalhava na Plug.
Depois fui morar fora do Brasil deixando o mercado de propaganda para o passado. Lembro que quando voltei, fui visitar parte do pessoal que trabalhava comigo na Plug e então estavam em outra produtora. Naquele dia haveria um show num bar. Um músico era do Nenhum de Nós, outro era Carlos Badia e muitos outros. Já haviam passados dois anos e eu já tinha desintoxicado da música. Voltei a ficar viciada. Lembro tão bem deste show, pois foi como um lavar de alma depois de tanto tempo sem escutar algo que me fizesse estremecer por dentro. Foi quando conheci Carlos Badia. Eu era da velha e ele começava a despontar no mercado publicitário.
Não voltei jamais para a propaganda e procurei não voltar mais aos shows ao vivo para não recair.
Então apareceu o Delicatesse Jazz. Alguns conseguem resolver seus vícios de forma mais adequada e o Beto partiu para a ação. Se juntou com o Badia e colocou sua alma para fora. Assim nasceu o Delicatessen Jazz.
Ana Krueger é uma cantora como tantas outras que vi nascer. Começou cantando propaganda pela mão de um briefing -terminologia que significa: apresentar a proposta- e não sair dela, pois o cliente paga a conta e o produto precisa ser vendido. Sua voz é limpa, é linda, é delicada, como pede os ouvidos que irão escutá-la. Ainda bem que o Beto a descobriu!
Delicatessen mostra que é bom escutar inglês de brasileiros e que arranjamos bem um jazz, mas mais do que isso, é possível fazer bossa fora do eixo Rio-São Paulo.
Gaúchos também fazem jazz, fazem bossa. E nova.





Desmoralizada, como sempre.

Bem, eu sempre digo que não, mas cabo fazendo...Sou uma desmoralizada por natureza! Acho que tenho problemas com o não. êta palavrinha difícil!
Bem, não resisti e vou colocar a sequencia. Lembrei que não havia mostrado o avesso. Ah! Esse avesso que sempre o nosso parece pior que o dos outros. Bem, sempre tem o lado B de tudo na vida, senão seríamos uma novela da Globo, né? Hi,hi,hi,hi....
Não resisti e coloquei mais sobras de recortes pretos, interagi com o pincel em algumas luzes que achei necessárias -mas parei por ali para não ficar parecido com um borrão- e decidi que a primeira barra seria em preto.
Mas, confessando outra vez, não entendo porque tudo tem que ter barras, moldura. Na criação original não tinha barras e isso me agradava. Depois fui ver como seguir sem elas e achei que levariam para o inacabado, ou pior, mal acabado...e sucumbi.
Coloquei as mini barras pretas e depois penso em tingir mais tecido para fazer um recorte intenso nas barras e para uní-los um bom e velho zig zag. Bem, por enquanto esta é a idéia!
Trabalhei ao som de Delicatessen. Como poderão perceber ao longo do tempo sou um pouco apaixonada por jazz, bossa nova e um bom rock and roll. Mas jazz, o novo jazz e o antigo jazz me acalmam a alma e aumentam meu poder criativo.
Com vocês: Delicatessen Jazz.





















sábado, 25 de abril de 2009

Continuando a saga

Bem, depois de obter êxito no piso e na sua execução fui para o que eu achava ser a melhor parte, a mais fácil -ledo engano-: pintar a base, ou como queiram, o background do restante.
Repetir e copiar é uma coisa muito difícil, ainda mais quando você copia você mesma. Nossa, acabo de confessar que fiz uma pirataria de mim mesma!!!!
Enfim, com o mesmo pastel conté fui adiante. Ele é muito suave e intenso, e era exatamente isso que eu precisava. Cores vibrantes, intensas e manchas.
Nas minhas aulas de desenho descobri que é possível começar a forma através da mancha.


Não me banalizem e não riam de mim! Antes, a mancha era para mim uma grande borraçada! Não que eu não visse forma nela, mas me pareciam devaneios. Não que eu não conhecesse os impressionistas, mas eu era mais impressionada com o cubismo.. Bem, deixa para lá...mais uma vez confesso minhas fraquezas de pensamento.
Então, fui para a mancha e adorei o que saiu.

Antes eu especificquei o tamanho de tecido que eu queria para então poder fazer a mancha de forma a ela ficar como uma sombra, do que inicialmente pensei, às pinceladas. Pois bem, gostei do que vi e continuei.

Juntei os pedaços, e fui dormir pensando: pinceladas de cópia ou aplicação em preto?


Acordei com a resposta: aplicação em preto.

Resolvi premiar o contorno. Eu gosto de contorno. Então foi um tal de copia, recorta e cola sobre o tecido.
Se você tem cutículas mais grossas como eu, que sou a Maria da casa, saiba que uma tesourinha pequena, aquelas que parecem um ganso - sabem qual é? - são mortais! A abertura da tesoura é tão pequena que aperta aqueles cantos malditos e você tem vontade de pegar seu alicate de cutícula e fazer misérias...!!!Mas não fiz. Me aguentei até chegar o dia da manicure.


Recortados e colados comecei a perceber que a coisa estava no caminho certo. E talvez vocês possam me dizer se estou certa ou errada. Olhem a baixo, pois a partir daqui não mostrarei mais nada, pois acho que devo mostrar apenas quando estiver pronto após o quilt. Maiores interferências, penso, devo deixar para depois, pois carregar demais pode ser....o fim do trabalho...ou do quilt, né?

Neste dia minha trilha sonora foi o novo cd do Roberto Carlos com o Caetano Veloso - homenagem a Tom Jobim e aos 50 anos de Bossa Nova. Um luxo!

















E até a Nina Flor foi pareciar de perto. Parece que ela provou!





E agora,

por hoje, chega!
Amanhã tenho que tomar minha vacina da gripe e vou dormir para poder acordar cedo, fazer as coisas cedo e começar a trabalhar no projeto bem cedo, também.
Há muito mais do que mostrei até aqui e pretendo colocá-los amanhã.
Novos planos serão concretizados quando meu novo brinquedo chegar, mas isso só vou dizer quando ele tiver chegado nas minhas mãos - previsão está para o dia 04/05- e então outros experimentos virão.
Bem, chega! Agora, sem trilha sonora, eu canto: Tá na hora de dormir, não espere mamãe mandar. Muitos sonhos prá você e um alegre despertar!!!!!
Snznznznznznznzzn..
Boa noite!

Tá bom...vou deixar vocês com algo melhor. Durmam com esta chuva e embalem seus sonhos....



E,

depois de pintado o tecido, que havia sido desenhado previamente com suas devidas medidas de 1/4 de polegada de costura afixei os moldes feitos no bom e velho papel manteiga comprado no supermercado. Sim! Aquele papel barato que serve para ser colocado embaixo das formas de bolo! Recortados, os molde foram pegados com alfinetes para saber quem é quem, e então novamente cortados.
Confesso que depois de pintado fiquei na dúvida se deixaria apenas pintado ou se cortaria para costurar.
Nas minhas aulas de patchwork à mão fui educada para costurar tudo e assim fiquei com a miopia de que nada poderia existir sem que fosse costurado. Não que minha professora tenha feito uma lavagem cerebral, mas acredito que eu seja uma pessoa muito limitada quando os limites são muito determinados.
Confesso mais uma vez que ao me ler escrevendo assim não consigo me imaginar uma publicitária, apesar de me ver como uma visionária quase lunática. É quase que como se uma sinaleira de trânsito fosse o suficiente para me barrar a passagem. Credito isso ao meu instinto de sobrevivência e segurança muito aguçado.... Será?


















A trilha sonora:
Jamie Cullum - What A Difference A Day Made



PS: Eu virei as fotos, mas o blogger não quis virá-las. Acho que terão que virar suas cabeças! Desculpem!!!!


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Então,

depois de plotada fui para a parte de elaboração. Como fazer, eis a questão. No papel eu tinha pinceladas frenéticas, cores misturadas, impulso indeterminado,nenhuma consequência, sem responsabilidade, sem pensar em depois.
E agora José?! Por onde começar. Voltamos a redundância: do início. Então pensei na parte que me parecia mais difícil: o piso. Pensei em fazer pintado, apenas. Fui para o teste. Com que tintas eu vou? O pastel contè me era mais amigo e fui para eles. Como afixar eu sei, mas como ser ele resistênte à máquina de lavar roupa já é outro problema. Pensei: as telas não vão para a máquina de lavar roupa! Resolvido o problema: o verniz fixador de telas é a solução. Assim, inicie a pintura na bancada da minha cozinha e meu varal se transformou nisto. Mas antes disto passei cm lápis, no tamanho natural o desenho do piso.









A trilha sonora? Diana Krall - Cry me a River



Começando do início

Bem, faz tempo que não coloco nada novo e agora vou fazer uma overdose.
Começando do início - olha que bela redundância, mas poeticamente me permito - significa que vou começar este projeto para ser entendido. Vai picado para não ficar enfadonho. E se puder, com trilha sonora para cada uma das partes. Acho que será meu diferencial, já que trabalhei tanto tempo numa produtora de áudio, junto à música que me persegue na afinação e no ouvido absoluto que minha família tráz, mas, infelizmente, para mim apenas sobrou a afinação e a grande vontade!!! Coisas da vida!
Desmascarando a criação: Como publicitária descobri que nada se cria em absoluto, apenas se pesquisa, copia e se recria. Assim, depois de muitas pesquisas de cores e formas, sim, tomando vinho, fui para a aquarela, para a tempera, para o gouache. E então saiu minha "criação".
A chamei de Tequila Africana. Há pessoas que olham e dizem ser o Botequim da Esquina. Meu marido diz ser uma fábrica. Para mim sempre será Tequila Africana.
Seu tamanho natural é pequeno, acanhado e por isso tive que escanear para o computador em grande resolução para poder mandar plotar e assim tê-la em tamanho grande natural-escolhido, é claro - para poder retirar os devidos moldes. Isso se faz em gráfica digital, em todas as etapas, ou se és da área, parte dela em casa.
Eis aqui:



A trilha sonora, aquela que me chama no meu celular: Jamie Cullum - Mind Trick



domingo, 19 de abril de 2009

Dos devaneios à ação

Bem, depois de muito devanear, inclusive pensar em parar com tudo; hibernar para refletir, aprender e descobrir muitas coisas que já sabia, pus minhas mãos na ativa.


Este é o princípio do princípio, se é que existe maior redundância do que esta!

Mas, é assim mesmo.


São os primeiros passos do próximo trabalho, onde ainda há muito o que fazer.


Definitivamente gostaria de ter um camera man para filmar o passo-a-passo, mas não há chance disto. Gostaria de poder fotografar o passo-a-passo, mas isso interrompe o impulso e a empolgação.


Assim vou colocar aos poucos as poucas fotos que faço quando resolvo parar para descansar e depois ver de longe o caminho a seguir.


Assim seguem as coisas, baby!

Vai aí um pouco do meu caos...


Boa Noite!





E a trilha sonora?
Aqui vai: Jamie Cullum - Everlasting Love.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Caminho a seguir

Depois de uma semana descansando completamente; depois de ver mais uma nova vida chegar ao mundo, depois de refletir e estudar muito pude perceber que caminho quero seguir.

Fiquei como uma ursa, lendo, vendo DVDs, pensando muito e percebendo que sei mais do que acredito saber. Percebi que por achar que outros mostram mais acabamos por acreditar que sabemos menos.

Minha irmã, artista plástica assistiu a muitos vídeos que mostrei a ela e então ela disse: Simone, podes ensinar tudo isso! Já trilhaste isso e sabes muito mais. Tens a publicidade na veia! Tua mente gira mais rápido!

Só posso acreditar, e agora, depois de passar pelo geométrico tradicional, pelo à mão, pelo à máquina, de desbravar o que não sabia através da forma auto-didata, sei que posso ir adiante, e assim vou seguir um caminho diferente. Vou para o lado artístico.

Percebi que a liberdade me é necessária. Enquanto pensava que patchwork precisava ser útil acabava por delimitar meu limite.

Ao perceber que sua utilidade pode ser diferente do uso cotidiano, abri meus horizontes.

Isso não quer dizer que não farei mais colchas para meus sobrinhos netos, para minha cama, para minha mãe, para meus amigos. Que deixarei os jogos americanos, as bolsas, a vida normal.

Não!

Vou passar a outra etapa que une tudo isso e muito mais, que mistura e provém de um foco interior, de uma pertubação criativa, apenas minha, da minha mente.

Êta mente pertubada a minha!!!! Gira mais rápido que a terra e parece que faz o tempo passar mais rápido!

Técnicas de tingimento são uma coisa e pintura é outra. Assim, juntando pedaços de tecido, tingimento, pintura, desenho vou passar para uma nova etapa.

Como tudo em minha vida tem uma trilha sonora, o nome desta é Everlasting Love - Jamie Cullum.

Vou me dedicar ao Quilt Artístico.

A largada já foi dada e partes deste primeiro trabalho já foram postados.

Segunda-feira começo minha aula de pintura acrílica em tela. O desenho segue paralelo. O trabalho já iniciado também.

Tempo para tudo isso? Se arranja!

Beijos a todos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

De volta






Não, não pensem que parti. Apenas fui ver o mais novo membro da família, meu sobrinho-neto (com hífen ou sem?) que nasceu. Ele chegou na páscoa e veio dentro de um grande ovo de chocolate! É, milagres existem!




Vocês não acreditam?




Então vejam!




Ele é lindo!




Agora, para todos, em primeira mão: Maximiliano!







quarta-feira, 1 de abril de 2009

Seguindo no Amém

Dormi e não consegui me decidir: fazer pontos de costura ou não sobre a junção?

Então mostrei para minha mãe. Ela faz pintura há 12 anos. Não há como desconsiderar uma opinião assim.

Ela olhou, olhou, olhou e disse: Está ótimo!

Mas, mãe - disse eu - tu achas que eu deveria colocar alguma linha, alguma costura sobre a união das peças?

- Que união de peças, minha filha?

- Mãe, como asim, que união? Dá uma olhada! Os óculos estão fracos? Olha aqui, foi tudo costurados - mostrei o verso -, peça por peça, pintado parte por parte e depois unido com costura...por favor, olha direito.

- Simone, confesso, no todo, não percebi que havia sido costurado. Não faça nada. O charme e a proposta está aí.

Mãe é mãe, o resto é o resto.

Não farei nada e já percebo que o charme já está ali.

Boa Noite!
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