sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Rio Patchwork Design



Chegou a mala direta da exposição no Rio. Agora você poderá saber mais sobre este evento e sobre a competição.


Aproveite!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O concurso que perdi

Em 2008, desde que anunciaram este concurso, comecei a me planejar e a pesquisar.



A data limite para entrega do trabalho, nos EUA, é 02/02/09, ou melhor dizendo, era. Dia de Iemanjá ou dia de Nossa Senhora dos Navegantes, como queiram. Pois parece que Iemanjá objetivou outros planos para mim em 2009 e me tirou o prazo de sua data. Bem, pelo menos me consolo pensando assim.



O tema era Rock'and Roll. Tamanho máximo de 21 X 27cm, ou seja, uma folha A4, como aquelas de nossas impressoras domésticas. Peso máximo era de 5 libras (calculem, por favor). Técnica era livre.



Para exemplificar como pensar eles dizeram: lembre de uma música que marcou sua vida; se você escuta música quando quilta, qual a que mais te anima; se você entra no carro e coloca um CD, que música te faz bem? Mas só pode ser Rock'and Roll. Mesmo que seja uma ópera, um bolero, um tango, para nós só valerá se for rock'and roll. Se uma capa de disco, uma foto ou uma imagem te reportem a esta música mandem com os direitos autorais devidamente aceitos para a reprodução. Regras limpas e bem explicadas.


Então fui à pesquisa.


O que mais me chamou a atenção é que fazia muito tempo que não ligava meu som e colocava naquele volume que diz: aguenta ai que isso é rock' and roll!!!! E fui obrigada a me reportar no tempo. Fácil seria apenas buscar as referências americanas, afinal eles são os pais do rock! Mas para mim não bastava e cantar em português e falar do nosso rock era importante. Foi então que cheguei ao nome de Cazuza, nosso eterno poeta. E de Cazuza cheguei a música que mais me falava ao coração, mesmo que antiga, para mim a mais atual: Brasil "...mostra a tua cara...quero ver quem paga para agente ficar assim...Brasil, qual é o teu negócio...o mundo do teu sócio...confia em mim...confia em mim...Brasil!"


Mas não foi o suficiente. Havia mais um ícone para mim e então Hair, o filme Hair, cada uma de suas faixas me traziam de volta, também a Tropicália, Gil, Caetano, Gal e até Roberto Carlos. Flores, cores, contraste e irreverência de posição e de espírito.


Logo, seriam dois trabalhos. Digo melhor, são dois trabalhos.


Mesmo que este concurso já tenha passado eles estão aqui, quente na minha mão, fervilhando na minha mente e já começados.


Eles vão para a rua, eles vão para mostras, eles vão competir. Quando? Não sei, mas vão. Se não forem, minhas paredes os receberão com orgulho.


Mas a pergunta é: é se você fosse escolher um rock, qual seria ele? Qual seria o seu rock? Qual seria sua trilha sonora?


Quando você diria em plena alegria fervilhante e sangue pulsante: Segura aí, que isso é rock'and roll?


E se fizessemos uma mostra virtual? Você entraria?


Então me conte e marcaremos uma data para cantar juntos!


Vai aí um desafio no compasso do baixo, da guitarra e da bateria.


Isso, é rock'and roll!




Bons sonhos pulsantes!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Projetos para 2009

Terminei 2008 empenhada a melhorar. Terminei 2008 empenhada na busca de novos projetos e idéias. E até as encontrei. Mas 2009 começou com outros planos para mim e meus empenhos e buscas tiveram que passar para segundo plano. Assim, desta forma perdi muitos prazos de entregas de projetos já encaminhados para competições no exterior.

Ao terminar 2008 decidi perder o medo e me colocar inteiramente à mostra, no Brasil e no exterior. Particularmente credito este fato ao meu segundo lugar no Festival de Gramado. Um incentivo, acredito. Mas, a vida nos prega peças diferentes...assim arrefeci.

Então meu foco voltou para outro concurso: Rio Patchwork Design. O tema deste ano é Patchwork Contemporâneo e o prazo mais ameno para mim.

Fui atrás do que é contemporâneo no patchwork e descobri muitas tendências. A maioria delas está ligada ao abstrato, enquanto criação. Outras ligadas a forma de executar as técnicas tradicionais, assim como reinventar, remodelar ou até mesmo fazer uma releitura. Mas sobre releitura tenho minhas dúvidas se ainda sabem bem como julgá-las. Concursos de releitura foram feitos e cópias foram apresentadas. Assim reler, rever, refazer, reinterpretar, para mim, ainda são incógnitas neste mundo de julgamento de patchwork.

Sim, fui atrás de informações sobre releitura junto a artistas plásticos e suas informações não eram as visões dos premiados.

Há releituras, na forma técnica, maravilhosas. Algumas delas foram premiadas, mas reler, no sentido literal é ver e refazer sob sua ótica. Bem, assim deixo de lado releituras e passo a pensar no contemporâneo.

O que é contemporâneo? Esquecer a tradição, o gemétrico, o floral e partir para uma descomposição?

Confesso, descompor é minha praia. Na maioria das vezes prefiro o esboço solto a forma completa finalizada. Mas não é só isso.

Penso, na minha concepção simplória, que é possível juntar.

A revista Quilting Arts (http://www.quiltingarts.com/) trás maravilhas no desempenho da liberdade de várias técnicas. Confesso que não foi este retorno que tive na minha avaliação vinda do Festival de Gramado. Sinto ainda um hermetismo entre execução e criação com desempenho, assinhó, como proposta, que se vista pelo que já fazem lá fora, seria uma heresia chamar de proposta.

O que é contemporâneo no patchwork?

Me ajudem, se ajudem, e se juntem a mim neste concurso.


Ainda entrará o site do ano anterior, mas o tema para 2009 é Patchwork Contemporâneo.


Boa Noite.


sábado, 24 de janeiro de 2009

Terminando Roma e a Viagem

Em primeiro lugar peço desculpas por tanto tempo sem postar e também agradecer a todos que aqui vieram para seguir lendo sobre minha viagem. Terminar 2008 e iniciar 2009 foi turbulento por motivos de saúde.
Agora parece que posso voltar a vida de uma forma mais normal.
E para terminar a Itália e a viagem creio que ser genérica é a melhor forma. Ir as Catacumbas na Via Sacra, onde não é possivel fotografar, e descobrir que os túmulos pagãos são os mais conservados porque os católicos cristãos os tapavam de terra para não serem vistos é luxo; perceber que o Vaticano é minusculo em tamanho, mas enorme em riqueza é sentir dor na crença; ser convidada especial para uma audiência pública com o Papa, sentar a 4 cadeiras dele, mesmo não sendo católica praticante toca a fé de qualquer um; visitar o Vaticano por dentro, pelos seus jardins, pelas suas capelas e cúpulas sem pagar nada (a esta altura da viagem) foi uma dádiva financeira; não enfrentar filas dentro do Vaticano para tanto, uma benção; visitar o tumulo de João Paulo II, perceber sua lápide de mármore branca, limpa e simples e ao lado uma rosa vermelha é emocionante; olhar de longe e depois de perto o que deveriam ser pinturas e descobrir que são mosaicos no alto da cúpula da Basílica de São Pedro é um assombro da arte; enfrentar uma escadaria infindável para vê-los e depois prosseguir para mais alto ao redor de sua cúpula para vislumbrar Roma do alto é um desafio (a minha claustofobia); enfrentar a má vontade de um romano para explicar onde ficava Vicolo Guardiola, ali, ao lado da Fontana de Trevi para fazer uma foto na rua com meu sobrenome é um teste para a ira (até porque ele estava ao lado e depois de muito custo disse: a prima sinistra - primeira a esquerda-....argh....10 metros dali...de onde estávamos...de onde ele estava...); visitar a cidade de Braccianno, seu castelo principal onde havia uma exposição de um artista plástico brasileiro residente em Nova Iorque é ficar orgulhosa; descobrir que este castelo foi o local do casamento do Tom Cruise é um espanto; enfrentar as estradas sinuosas que levam até esta cidade em velocidade romana é nauseante; conversar com o produtor de queijos e salames da cidade que também administra sua venda é lúdico; ver nossa bandeira tremulando nas janelas das embaixadas de Roma e do Vaticano é motivo de orgulho e saudade; passar ao lado do Berlusconi no meio da rua, não perceber imediatamente que é ele, pois os seguranças chamam mais atenção e são muuuuuuuuito mais altos e interessantes é entender que as fotos do jornal não fazem jus a realidade; descobrir que já está na hora de voltar e que sua cama e casa fazem falta é reconhecer que o cartão de crédito paga tudo, menos a paz do seu lar.
Assim, ainda neste Natal, lendo o livro Comer, Rezar e Amar, justamente na parte do Comer que se passa em Roma, pude perceber que mesmo a autora tendo sentido uma Roma mais charmosa e glamorosa que a que vi, tivemos a mesma impressão sobre muitas coisas: o trânsito enlouquecido, a loucura das pessoas que não falam com você ou as que falam como se quisessem matar você, a poluição encrustada na história, a história sendo descoberta a cada buraco, a diferença entre a realidade da vida do romano e das vitrines de Roma, a linda vida do interior com sua qualidade e a agitação da capital. Ler este livro me fez perceber que não deveria dizer aqui onde ir, o que ver, como fotografar e porque fazê-lo, mas sim dizer que perder-se na Europa é sempre a melhor pedida, e deixar dias livres para poder transgredir seu roteiro inicial por ter descoberto ali, in loco, algo mais interessante é perceber que não temos a obrigação de ir onde os guias nos mandam, mas sim onde nos dá mais prazer. O que conhecermos sempre será o nosso guia e fará parte de nossas lembranças.
Não vá para compras, mas compre o que gostar naquele momento, naquela loja. Você jamais voltará a passar por lá novamente. Se isso acontecer, jogue uma moeda, pois será um milagre.
Sei que temos um sentimento de obrigação de entrar em todos os museus e ver todas as obras, assinhó, quase que como uma obrigação de assimilar uma cultura que nos foi negada. Não pense assim. Vá, entre e olhe apenas o que lhe interessa. Mas olhe, aprecie, sinta e assim esta obra ficará gravada na sua pele. Do contrário, em algum momento de seus pensamento você se perguntará: Eu vi isso? Eu estive nesse lugar? A overdose de informação também trás a desinformação. Faça a sua viagem, despreocupada de ter a obrigação de contar aos outros que você foi também naquele lugar ou de explicar porque não foi naquele outro lugar.
Aproveite bem o café da manhã do hotel. Faça sanduiches roubados para o almoço, leve iogurtes para o jantar e não pense que você é único nesta empreitada. Todos fazem isso!
Sente naquele restaurante carééééésimo, peça uma água da casa, um cafézinho, tire uma foto e depois mostre que esteve lá. As socialites fazem isso e ainda saem na coluna social, então porque você também não pode? Se for para voltar a um locar histórico faça para fotografar a noite. Eles ficam mais atraentes neste horário e menos populosos também.
E agora uma dica super, ultra, hiper especial, que apenas descobri depois que cheguei em casa, com meus pés escamando de tanto suor dentro do tênis: use desodorante roll on, sem perfume nos pés. Eles não suarão, não terão mau cheiro e não chegarão em casa secos e escamados.
Assim, para terminar esta viagem vai a última foto das 4 andarilhas, cansadas, com muita bagagem e rezando para encostar o corpinho jovem num banco incomodo de avião e quando acordar saber que já estávamos em terra brasileira, quase em casa.
Comer mamão pela manhã no aeroporto de São Paulo nem o cartão de crédito paga!
Na próxima postagem já falaremos de patchwork.
Um beijos grande a todos, Feliz Olhar Novo, obrigada por estarem comigo e compartilhar esta aventura.
ArrivederCi!


Aqui, no aeroporto de Barajas, em Madri, a caminho.



Aqui, no aeroporto Leonardo da Vinci, em Fiumicino, na despedida.


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